Preços de imóveis seguem em alta, aponta Ibope Inteligência

SÃO PAULO - A tendência de “alta exagerada” observada nos preços de imóveis, desde 2009, está se mantendo, segundo o diretor de geonegócios do Ibope Inteligência, Antônio Carlos Ruótolo. A conclusão resulta da pesquisa de Preços de Imóveis Residenciais, realizada pelo Ibope Inteligência e divulgada hoje. O levantamento comparou preços de imóveis residenciais em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife, entre abril e outubro de 2011. “O mercado tende a se acomodar, mas isso não ocorreu ainda”, diz Ruótolo.

Conforme o levantamento, em outubro, o preço médio do metro quadrado de imóveis novos em São Paulo era de R$ 6,19 mil; no Rio de Janeiro, R$ 6 mil; em Porto Alegre, R$ 4,501 mil; e em Recife, R$ 4,74 mil.

Se considerada apenas a média dos imóveis nos bairros comparáveis em relação a abril, o valor médio em São Paulo subiu 14%, para R$ 6,030 mil; no Rio de Janeiro teve alta de 18%, para R$ 4,656 mil; em Recife, teve elevação de 18%, para R$ 4,020 mil; e em Porto Alegre aumentou 11%, para R$ 4,567 mil. A diferença expressiva de valores médios de todos os imóveis do Rio (R$ 6 mil) e dos comparáveis em relação a abril (R$ 4,656 mil) deve-se aos preços mais elevados dos lançamentos, segundo Ruótolo.

O índice médio do preço do metro quadrado de apartamentos novos em São Paulo subiu de 162 em abril para 185 em outubro. Em abril de 2009, quando o Ibope Inteligência começou a realizar este levantamento, foi atribuída ao índice a base 100. Na prática, isso significa que, desde abril daquele ano, os preços de imóveis novos na capital paulista subiram 85%.

Nos imóveis usados, Recife foi o município que apresentou a maior alta, de 20%, para R$ 3,66 mil, seguido pelo Rio de Janeiro, com elevação de 19%, para R$ 5,047 mil. Em São Paulo, o preço médio do metro quadrado do imóvel usado subiu 11%, para R$ 4,554 mil, enquanto em Porto Alegre o valor aumentou 8%, para R$ 2,998 mil.

Conforme o representante do Ibope Inteligência, aumentos de preços em imóveis usados acima da variação dos novos, como ocorreu em Recife e no Rio de Janeiro, são situações atípicas, que apontam números de lançamentos insuficientes nesses mercados.

O levantamento apontou ainda que, com exceção de Recife, foi registrado crescimento negativo de preços em todos os mercados analisados. Segundo Ruótolo, foi a primeira vez que a pesquisa detectou esse movimento, observado tanto em imóveis novos quanto usados. “Isso começa a sinalizar que o mercado vai se acomodar”, afirmou, ponderando que a participação destes bairros com queda de preços no total é muito pequena.

Segundo ele, ainda não há evidências de inversão de preços dos imóveis. A tendência é que haja desaceleração no médio prazo.
Fonte: Valor Econômico

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