Síntese do mercado imobiliário paulista no 1º semestre de 2011
O mercado de imóveis novos residenciais na Região Metropolitana e, principalmente, na cidade de São Paulo sofreu em 2011 os efeitos de uma série de fatos econômicos e políticos, nacionais e internacionais, que afetaram o comportamento em relação a 2010.
O País passou por mudança de presidente da República, o que sempre provoca receio e consequente cautela quanto ao destino da política econômica; afinal, a aquisição de um imóvel é um investimento elevado e de longo prazo.
A sinalização de avanço da inflação e consequentes medidas de contenção do crédito contribuíram para o clima de desaquecimento. Outros fatores influenciaram em menor escala, mas chegaram a afetar o desempenho do mercado. Como exemplo, vale citar o Carnaval, que ocorreu em março – esticando o chamado período de sazonalidade –, e as intensas chuvas do início do ano, fator que sempre interfere nas atividades do setor.
Atualmente, são motivos de preocupação os rumos da economia e as consequências de provável agravamento da crise em diversos países da Europa, acrescidos pelas discussões sobre a dívida pública norte-americana.
Um aspecto positivo é visão complementar do governo com relação às prioridades. Se a administração anterior garantiu a estabilidade econômica do País diante da crise iniciada em 2008 com a manutenção e o crescimento do consumo interno, o atual governo objetiva investir na produção e poderá amortecer eventual influência da conjuntura internacional na economia brasileira.
Ainda assim, a adoção de medidas para conter a crise em diversos países levará tempo para surtir efeito. Diante deste cenário, é possível supor que a crise internacional terá duração de médio a longo prazo.
Apesar de tradicionalmente registrar melhor desempenho de lançamentos e de vendas no segundo semestre, o mercado imobiliário pode ser afetado de alguma forma pelo ambiente de instabilidade externo, diante das incertezas na economia.
Em termos gerais, o mercado de imóveis residenciais foi influenciado, no primeiro semestre de 2011, por um cenário econômico completamente distinto daquele que se apresentava em igual período do ano passado. Porém, um dos fatores positivos, segundo Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, é a credibilidade refletida por meio da boa avaliação que o País tem recebido das agências de classificação internacional de risco.
Fonte: SECOVE-SP
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